Pular para o conteúdo principal

Investindo na Felicidade a Dois: Cultivar rituais comuns de satisfação, amor, carinho e amizade





Investindo na Felicidade a Dois: Cultivar rituais comuns de satisfação, amor, carinho e amizade

Rituais são hábitos que ajudam a fortalecer a relação. Atitudes rotineiras que promovem a sensação de pertencimento – do compartilhamento de um conjunto de crenças e valores comuns que dão significado ao que pensamos e sentimos – contribuem para a cumplicidade do casal. Quando um casal cria rituais que expressam o carinho e a consideração de um pelo outro, tem-se a sensação de que a relação é um pequeno universo privado com códigos e símbolos próprios. Isso acentua o vínculo conjugal porque potencializa a força identitária da linguagem e do espaço comum.

Entre os casais felizes parece ser recorrente o sentimento de que o casamento não unifica duas pessoas, a individualidade de cada um deve ser preservada. Contudo, é fundamental que haja condições para que o casal se reconheça como tal, ou seja, como duas pessoas com metas, objetivos e propósitos comuns. Por essa razão, a criação de rituais parece ser tão importante, porque a forma como pensamos e agimos afeta a maneira como nos sentimos. Quando criamos um espaço comum por meio de uma rotina, criamos um espaço para o casal expressar-se como tal.

A criação dos rituais que favorecerão o espaço próprio do casal implica uma disposição diária para compartilhar idéias e sentimentos. Isso pode ser feito…

  • por meio de conversas diárias, por exemplo, ou por meio da escolha de um veículo de comunicação para manter contato mesmo quando um está longe do outro: email, telefone, bilhetes, cartas, etc.
  • no médio/longo prazo – mensal/anual – a definição de datas que merecem ser celebradas ajuda a marcar a passagem das fases vivenciadas pelo casal, assim como o início e o fechamento de ciclos: nascimento, primeiro encontro, a primeira vez o casal disse “eu te amo”, a primeira casa, uma promoção…qualquer referencial temporal pode ser usado para a elaboração de um “calendário” próprio.
  • o cultivo desses momentos exclusivos oferece condições para que os parceiros sintam-se parte integrante da vida do outro, o que confere significado a escolha de estar junto a alguém.

Estar junto – ficar junto –, é um dos hábitos mais saudáveis que um casal pode incorporar. Casais casados, principalmente os que têm filhos, costumam não priorizar a privacidade a dois. Isso pode mudar quando o casal…

  • separa, ao menos, um dia na semana e algumas horas durante o dia para estar a sós. Isso ajuda, e muito, a criar um espaço comum. A ritualística do momento é uma escolha do casal que deve ser feita de acordo com as possibilidades diárias de tempo e com os interesses de cada um. Um banho compartilhado, meia hora de conversa na cama antes de dormir ou ao acordar, o tempo na academia ou a hora da refeição…
  • qualquer tempo a sós, utilizado positivamente, sinaliza que o casal está se dispondo a investir na intimidade a dois.
o ápice do investimento de tempo do casal na relação a dois são as saídas a passeio – o namoro – que pode incluir cinema, jantar, teatro, o que quer que satisfaça o casal. Sair à noite para um programa especial deveria ser uma proposta, no mínimo, mensal de um casal. O ritual de escolher o programa, arrumar-se, sair, investir tempo, dinheiro e afeto no lazer comum, indica que ainda desejamos encantar o outro e satisfazer a nós mesmos, o que é significativo numa relação a dois.

Autor: Angelita Scardua

Comentários

Anga Mazle disse…
Muito útil esta postagem, Daniela.

Me fez lembrar de um tio muito querido que faleceu há pouco tempo - e que viveu um casamento feliz que durou quase 70 anos! Ele dizia que o segredo da felicidade conjugal é um só: disciplina.

Beijos
Daniela Cracel disse…
Olá Anga!

Que bom ter um retorno, e saber que vcs estão aproveitando as matérias!

O relacionamento requer um cuidado contínuo e uma disciplina, como tudo na vida, né?

E sempre lembrar a grande homeostase da vida. Um fluxo contínuo!

Beijos.

Postagens mais visitadas deste blog

Teste Psicológico para detectar transtornos alimentares - Quizz

Teste Psicológico para detectar transtornos alimentares - Quizz Esse teste psicológico é um breve questionário sobre transtornos alimentares que pode ajudar a você a perceber se está sujeita a desenvolver um distúrbio alimentar, ou se você se preocupa muito com esta questão a ponto de empregar muito tempo ou motivação com este tema: Trata-se de um teste de psicologia que permite uma breve análise como medida para ajudá-la a determinar se você atualmente precisa de um profissional da saúde para um diagnóstico adequado sobre distúrbios alimentares. Os distúrbios alimentares mais freqüentes na população correspondem à anorexia e a bulimia. Por meio deste breve teste psicológico você poderá ter uma medida de rastreio e com isso verificar se pela sua pontuação você tem estado atualmente muito preocupado, ou está desenvolvendo situações que correspondem a um distúrbio alimentar. Logicamente, este breve teste psicológico serve somente para um despertar para a questão e, para que voc

ESCALA DE SINTOMAS OBSESSIVO-COMPULSIV0S DE YALE-BROWN 8 (Y-BOCS)

ESCALA DE SINTOMAS OBSESSIVO-COMPULSIV0S DE YALE-BROWN 8 (Y-BOCS) 1.TEMPO OCUPADO POR PENSAMENTOS OBSESSIVOS P. Quanto de seu tempo é ocupado por pensamentos obsessivos? 0=Nenhum 1=Leve:menos de 1 hora/dia ou intrusões ocasionais 2=Moderado:1 a 3 horas/dia ou intrusões freqüentes 3=Grave:Mais de 3 horas e até 8 horas/dia ou intrusões muito freqüentes 4=Muito grave: Mais de 8 horas/dia ou intrusões quase constantes 2. INTERFERÊNCIA PROVOCADA PELOS PENSAMENTOS OBSESSIVOS P.Até que ponto seus pensamentos obsessivos interferem com sua,, vida social ou profissional? 0=Nenhum 1=Leve: leve interferência nas atividades sociais ou ocupacionais outras, mas o desempenho global não é deteriorado 2=Moderado: clara interferência no desempenho social ou ocupacional, mas conseguindo ainda desempenhar 3=Grave: provoca deterioração considerável no desempenho social ou ocupacional 4=Muito grave: mal-estar quase constante e incapacitante 3.SOFRIMENTO RE

Um conto de Natal

Um conto de Natal Eu estava em São Francisco, a poucos dias do Natal. As lojas já começavam a ficar lotadas e multidões esperavam impacientemente pelos ônibus e bondes no fim da tarde. Quase todo mundo carregava pilhas de pacotes e o cansaço era tanto, que eu comecei a me perguntar se os inúmeros amigos e parentes mereciam mesmo aqueles presentes e tanto sacrifício. Esse não era bem o espírito de Natal que eu desejava. Finalmente fui literalmente empurrada para dentro de um bonde superlotado e a idéia de ficar ali como sardinha em lata até chegar em casa foi se tornando insuportável. O que eu não daria por um lugar sentada! À medida que algumas pessoas foram descendo, consegui respirar melhor e comecei a notar os outros passageiros. Com o canto do olho, vi um menino pequeno, de pele escura - não poderia ter mais de seis anos - puxando a manga de uma mulher e perguntando: "Quer se sentar?" Ele a levou até o assento vago mais próximo e partiu em busca de outra pessoa