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Mostrando postagens com o rótulo crianças

Entrevista sobre o medo com a psicóloga Daniela Cracel.

Entrevista sobre o medo com a psicóloga Daniela Cracel. Repórter: Como surge o medo? O medo como todos já sabem é um sentimento normal como qualquer outro. Porém se esse medo é algo que mobiliza a vida da pessoa ele passará a ser considerado patológico. O medo pode surgir de perigos iminentes e reais, os quais são considerados sentimentos de proteção e saudável ao ser humano. Quanto ao medo patológico ele pode acontecer a qualquer momento. Isso depende da forma que cada um experimenta a sua vida e as suas sensações internas. Por exemplo, se uma criança vivência uma cena onde existe uma pessoa que o cachorro machuca, a criança poderá fazer uma associação negativa, e achar que todo cachorro machuca. Assim a criança poderá desenvolver uma fobia específica. Repórter: Quais os tipos de reações que o medo pode provocar ? Cada pessoa é única, sendo assim essas reações podem ser diferentes de pessoa para pessoa. Ela altera uma série de funções vegetativas do organismo (que ocorre...

Hiperatividade: doença ou essência um enfoque da gestalt-terapia

Hiperatividade: doença ou essência um enfoque da gestalt-terapia Hiperactivity: nature or disease? Understanding ADHD in a Gestalt perspective. Sheila Antony* Jorge Ponciano Ribeiro** Universidade de Brasilia RESUMO Este trabalho discute a hiperatividade considerando a metáfora do corpo da criança e o seu funcionamento psicológico, de forma a esclarecer se a sua expressão constitui doença ou um modo próprio de ser. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) tem sido extensivamente investigado em pesquisas que visam aprimorar os critérios diagnósticos e conhecer sua etiologia. Poucos estudos são orientados para elucidar a dimensão psíquica da criança hiperativa. A Gestalt-Terapia é uma abordagem fenomenológico-existencial assentada em teorias holísticas que reconhecem a multidimensionalidade do humano, enfocando a relação (o contato) como ontológica à existência humana. Palavras-chave: TDAH, Hiperatividade, Gestalt. ABSTRACT This work argues hyperactivity cons...

O Preço de uma Semente

Um marido não queria mais viver com a mulher e resolveu se divorciar. Mas o casal tinha um filho recém-nascido, e tanto o pai quanto a mãe queriam ficar com o bebê. Foram consultar o juiz e a mulher argumentou: Carreguei a criança no ventre nove meses. Amamentei-o em meu seio, cantei para ele dormir no meu colo embalei-o todas as noites. Consolei-o quando chorava, cuidei dele quando adoecia. Estou com ele dia e noite e o amo mais que a vida. Deixe-me ficar com ele. Então foi a vez do homem: Dei a semente que fez a criança. Portanto, o filho é meu e devo ficar com ele. O juiz olhou para o homem e falou: -Então você deu a semente? -Isso mesmo! - respondeu ele com orgulho. Só precisou de uma semente. -Entendo disse o juiz. Então o pai dá a semente, a mãe carrega e alimenta a criança. Sendo assim, acho que posso dar uma decisão ao caso. Mas primeiro precisamos pesar umas coisas. -Mandou trazer uma balança e pesou a criança. O menino pesa quatro ...

Contos de Fadas

CONTOS DE FADAS HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS OU METÁFORAS DA VIDA HUMANA? Vera Lúcia Soares Chvatal1 Contos de fadas, lendas, fábulas, mitos... Temas que fascinam e estimulam a nossa fantasia, mexem com a nossa imaginação. Nos remetem à infância quando o mundo parecia um caleidoscópio mágico de desejos e sonhos a modelar nossos dias. O escritor, poeta, dramaturgo Jean Cocteau é o autor de uma frase interessante: “À História prefiro a mitologia. A História parte da verdade e ruma em direção à mentira; a mitologia parte da mentira e se aproxima da verdade”. Ele tem razão, pois enquanto processo, o mito surge como “verdade”, porquanto suas raízes encontram-se, não nas explicações exclusivamente racionais e lógicas, mas na realidade vivida, intuída e, portanto, pré-reflexiva. O mito pertence ao mundo das emoções e da afetividade. Joseph Campbel (l990), grande estudioso dos mitos, pontua que o sonho é um mito individual e os mitos são sonhos coletivos, isto é, são os sonhos da humanidade. Da mes...

A Ciência do Amor: Harry Harlow & a Natureza do Afeto

Durante a primeira metade do século 20, muitos psicólogos acreditavam que demonstrar afeto pelas crianças era apenas um gesto sentimental que não servia de nada. O psicólogo Comportamental John B. Watson, uma vez chegou a alertar os pais, "Quando tiver vontade de acariciar o seu filho, lembre-se que o amor materno é um perigoso instrumento." De acordo com muitos pensadores da época, o carinho só espalharia doenças e levaria a problemas psicológicos no futuro. Durante este tempo, os psicólogos foram motivados a provar o seu domínio como uma ciência rígida. O movimento da psicologia comportamental instigou os investigadores a estudar apenas comportamentos observáveis e mensuráveis. Um psicólogo americano chamado Harry Harlow, no entanto, tornou-se interessado em estudar um tema que não era tão fácil de quantificar e medir: o amor. Em uma série de experimentos controversos conduzidos em 1960 , Harlow demonstrou o poder do efeito do amor. Ao mostrar os efeitos devastadores da pr...